
Trajano comenta polêmica sobre comemoração do Fluminense após derrota no Mundial e critica noção de “viralatismo” no futebol brasileiro
De acordo com o vídeo publicado pelo canal UOL Esporte:
- Trajano expressa sua estranheza em relação à comemoração da campanha do Fluminense após a derrota para o Chelsea na final do Mundial.
- Destaca que, mesmo elogiando a campanha do Tricolor, a performance na final não foi satisfatória.
- Menciona que a celebração após uma derrota incomoda, considerando que o torcedor deve lamentar a partida e não festejar.
- Aborda a tradição de torcedores de diferentes clubes em torcer para equipes que vencem ao Fluminense ou Flamengo, buscando justificar suas eliminações.
- Critica a noção de “viralatismo”, que implica que os clubes brasileiros devem se contentar com performances inferiores em campeonatos internacionais.
- Defende que o Fluminense foi o melhor sul-americano por ter chegado à semifinal, mas insiste que a análise deve considerar o desempenho final.
- Argumenta que a discussão sobre quem é o melhor é vazia, dado que a copa é decidida em jogos de eliminação, não em uma temporada inteira.
- Faz uma comparação entre o histórico de vitórias de clubes brasileiros em excursões pela Europa e a atual percepção de derrota automática para europeus.
- Conclui que a relação histórica do futebol brasileiro com times europeus deve ser reavaliada, mas não acredita que isso define um futuro de derrotas.
Assista ao vídeo TRAJANO SE EXPLICA APÓS POLÊMICA SOBRE FLUMINENSE: ‘SÓ MANIFESTEI MINHA ESTRANHEZA’.
Transcrição do vídeo
Mas parece, Zé, parece. E isto será uma grande atração paraa volta daqueles que estão de em férias no momento, por exemplo, como Mauro César, porque houve um programa aqui no Hall que resolveu determinar que a maior passada de pano, a agenda positiva que houve de no Mundial foi em relação ao Flamengo e recebemos todos uma mensagem de Mauro César dizendo Paul este assunto na minha volta porque não sei o que. Ele vem cuspindo marimbondo para defender a campanha do Flamengo, mas não como agenda positiva, mas como realismo. Uhum. Eu tô muito, mas quando ele voltar da férias, esse assunto já morreu. Vai, vamos tá falando de outra coisa. Exatamente. Flamengo pega o São Paulo. Que que o torcedor do Flamengo que vai ao Maracanã tá pensando no Flamengo a volta pro Maracanã contra o São Paulo ou no jogo contra o Bayern de Munique? Cada vez fica mais distante do Bayern. Vai ficando, vai ficando. Mas eu vou provocar de qualquer jeito. Eu vou provocar. Vai provocar. Ah, vou provocar. Escuta, se falou que tinha lá um assunto lá atrás. É que é que aquele tema, sinceramente, a gente vai até desviar da pauta, mas mas a a questão era boa, porque virou uma uma disputa de quem fez a melhor campanha, quem não fez, porque dependendo do critério, eu proponho para você a seguinte questão. Para quem você acha que os torcedores envolvidos com o Mundial torcerão no domingo? Por o Rubro Negro dirá: “Vou torcer pro Chelsea” para que a gente possa dizer perdi pro campeão tá certo? O botafoguense devo torcer pro PSG para dizer eu ganhei isso. Ol, aliás, o Rubro Negro vai falar perdi e ganhei do campeão, né? Isso. Quer dizer, o campeão foi o Chelsea e eu ganhei do Chelsea. Se for o Chelsea. Isso. Então, e o Flamengo e o e o Botafoguense a mesma coisa em relação ao PSG, tá certo? Sim. Já o palmeirense o tricolor de não, não vou torcer pro Chelsea porque poderia dizer, bom, perdi, mas perdi pro campeão. Torcer para ninguém, perdi pro campeão, né? ao passo que o corintiano dirá: “Vou torcer pro Chelsea para provar que só o Corinthians ganha do Chelsea em final de campeonato”. Volto para você continuar concordando aqui. Volto para você tabelinha da Juca onde vai parar aí. Isso aí ôniano, isso que o Juca tá falando. Não, não sei quem vai torcer para não sei quem porque daí eu ganhei não sei quê. Isso não é o tal do viralatismo que você falou? Não, acabou. Isso é muito viralatismo. E acabou. Exatamente. Acabou. Gente, sabe, você acha que o torcedor do Flamengo, do Palmeiras, do Botafogo, do Fluminense vão ficar diante da televisão, torcedor mesmo, aquele empolgado para ver o se que vai vir a final, é o se gosta de futebol, sabe? Porque tem jogo comendo no brasileiro ao mesmo tempo. Tem os times por quais eles torcem vão estar envolvidos. A curiosidade de saber quem vai ser campeão, quem quem não tá envolvido diretamente, o time já jogou no sábado, vai jogar na segunda, diante da televisão vai ver, mas não vai morrer de amores, achar que é um acontecimento. Se tivesse no time brasileiro, evidente, não é? Então, você acha, você não acha que é isso? Vira latismo não, porque eu ganhei não, porque eu ganhei, mas eu joguei e não sei quê. Eu passei, não sei porquê. Como vocês sabem, eu acompanho sempre o cartão vermelho também, né? E aí eu vi que lá no cartão vermelho o trajêno ficou bravo falando que era virar atismo, exaltar o Fluminense, campanha e tal. E é dessa parte eu discordo. Eh, até falei na nossa programação aqui, eu acho que dá pra gente falar bem do Fluminense, sim. Eh, porque era o time que a gente não esperava, porque chegou numa semifinal, porque ganhou da Inter de Milão, enfim, eh, teve bom trabalho do Renato Gaúcho, pontualmente nessa competição, foi bom o trabalho dele, então dá para elogiar. Agora, essa questão de ficar buscando um jeito de falar que seu time foi melhor e e ah, não, ó, porque a gente ganhou de um europeu, aí sim isso para mim é um viralatismo. A gente tá num campeonato mundial que tem todo mundo, claro que os europeus são os melhores. Agora, o fato de ter ganhado do europeu ou não, para mim, pelo menos, é assim, eu sou bem pragmático quanto a isso, para mim é muito óbvio que o Fluminense é o melhor. chegou na semifinal. Não tem como você falar que o cara que chegou na semifinal ganhando do vice-campeão da Champions, que sim, tem seus desfalques, sim, teve seus, mas num mata e não, para mim não tem como falar que o Fluminense não é o melhor. E aí essa coisa de ai perdido o campeão, tudo bem, dá pra gente fazer análise quando você vai fazer lá no final do ano, pô, foi eliminado, não foi eliminado do campeão. Mas eh tirando isso assim, essa essa breve esse breve asterisco, não tem como você ficar tentando colocar condição em cima disso. Nessa linha, se fosse aqui para ser palmeirense, se fosse aqui para ser imprensa de São Paulo, como os botafoguenses e flamenguistas têm e mandado mensagem para mim nos últimos dias, eu ia torcer aqui pro PSG ser campeão, ia falar: “O PSG só perdeu para um cara, pro Botafogo”. E o Botafogo foi eliminado por um time, o Palmeiras. Então o Palmeiras é campeão mundial, pô. Não existe isso, gente. O campeão mundial vai ser o PSG ou o Chelsea. O Fluminense foi o melhor sul-americano porque chegou na semifinal e ponto. Ah, não, mas jogou mais bola. Ah, teve um melhor cruzamento. Copa é isso, cara. Copa do Mundo é isso. Alguém fica até hoje batendo palma pra Arábia Saudita e pra Tunísia porque eles ganharam de França e Argentina, que foram os finalistas do Qatar. Alguém lembra que a Suíça ganhou da Espanha quando a Espanha foi campeã do mundo? Então, cara, eu não não entendo muito isso. Essa discussão, eu acho ela um pouco vira lata e um pouco vazia essa necessidade de ficar falando que foi o melhor. O melhor foi o Fluminense. Olha, olha só, eu queria dizer o seguinte, eu concordo inteiramente com o que disse Danilo Lavieri. Então, agora tá nevando lá fora. Concordo inteiramente, mas discordo inteiramente do que ele falou, embora eu concorde, percebe? Porque eu tô me baseando no que eu aprendi com o professor Abel Ferreira, que ao fazer o balanço da campanha do Palmeiras no ano passado, lembrou o quê? Fomos eliminados na Copa do Brasil pelo campeão, perdemos na Libertadores pro campeão, perdemos o Campeonato Brasileiro pro campeão. Foi ou não foi esse o raciocínio? Mas aí eu sim, foi esse raciocínio. É o que eu disse, quando termina a campanha você faz essa esse contraponto, só que dentro de um contexto maior. Eu acho que quando o Abel fala isso, ele lembra do seguinte: em 2023 foi campeão brasileiro, em 2024 foi o vice-campeão brasileiro e perdeu as copas no momento que você foi sorteado para enfrentar seus dois principais rivais. Eu acho que num contexto geral dá pra gente colocar isso. Ah, vou eliminar agora ficar para um campeonato de sete jogos, tentar definir quem é o melhor por base nesses confrontos, isso que para mim não concordo, entendeu? Agora, se você for olhar a temporada toda, aí você faz esse balanço, porque quando você analisa o 24 do Palmeiras, você tem que analisar o contexto todo de como é o Abel, do que vem o pacote, porque o Babel tá 5 anos. a gente, aliás, aliás, eu acho que nós brasileiros em geral, jornalistas, torcedores, os próprios times, eles têm uma dificuldade gigantesca de lidar com essa relação tão longa. A gente não tá acostumado a lidar com uma relação tão longa e muitas vezes só quer o lado bom da relação longa, não quer o lado ruim e toda a relação longa tem um lado ruim. Eh, e aí o quando a gente coloca isso do esse esse asterisco do Palmeiras, é a mesma coisa do Voivoda também, que é uma relação também um pouco maior. Ah, não, esse ano não ganhou nada, mas, pô, o ano passado levou o Fortaleza até o G4, até o G6. Você faz um contexto maior agora para um campeonato de sete jogos. Trajo, você tinha Não, não, que eu quero referir essa essa até que o Danilo se manifestou, muita gente se manifestou e tal, que eu fui muito mal compreendido, apesar de ter sido um sucesso aí do corte, né, aqui no eu não que o que eu o a eu que elogiei a campanha e critiquei o jogo o comportamento em relação ao jogo final. Então as pessoas confundiram, quer dizer, a a a que a campanha como se o jogo final não fizesse parte da campanha. Você entendeu? Quando acabou o jogo final, que o Fluminense foi dominado, engolido pelo Chelsea, eu manifestei a minha estranheza, porque as pessoas que falavam, que maravilha, sensacional, honrou o futebol brasileiro, eles estavam falando da campanha, eu tava falando do jogo. Sim, entendi. Entendu. Perfeito. É, todo mundo comemorando. Eu até pegar um comentário de novo, eu falo: “Não, mere cheio de brilhos, merece parabéns, não sei o qu”. P p p p pé”. Claro, foi o brasileiro que mais longe chegou. foi até a semifinal, mas eu tava me referindo àquele jogo que causou estranheza para mim, do mesmo jeito que causou estranheza para muita gente, aquela dancinha ridícula do Luiz Roberto, do Júnior, do Caio, do do Roger, você entendeu? causou estran para muita gente. Na verdade, não tô defendendo eles que eu também achei ridículo, mas eles estavam comemorando ali o final da da cobertura e muita gente que que achou que aquilo ali era um demérito em relação a ao ali foi ao contrário, demérito em relação ao Fluminense, quando o Flamengo perdeu, estavam todos tristes, fizeram, colocaram nas redes e tal. Então eu queria falar daquele jogo porque acaba o jogo, a torcida tá comemorando. Ah, tá rebolando. Pera aí, eu eu sou de um tempo. Eu sou num tempo, não. Qualquer tempo é tempo. Não, não todos falou do passado. Se meu time perde, mas teve uma campanha boa, mas naquele jogo perdeu, eu aplaudo o time, choro, enrolo a bandeira e vou para casa esperando tudo recomeçar. Não vou sair por aí rebolando, festejando a campanha. Eu quero dizer, a campanha merece parabéns, mas uma festa depois de uma derrota me incomoda. E não é não é particularmente o Fluminense, não. Vários times fazem isso, várias torcidas fazem isso. Isso eu eu causo, eu acho estranho, mas uma estranha minha particular, você perder e comemorar, né? Então isso que eu quero dizer agora falando em comemorar a estranheza, o jogo você tá, quer ver a uma coisa particular te incomoda tanto, te toca tanto. Nós estamos falando de mundial, falando de brasileiro. Amanhã eu tenho que trazer para pro pro meu rio da na minha aldeia, né? Joga América e Americano e Bangu e Petrópolis. Se o América não vencer o americano e o Petrópolis empatar, o América vai cair pra Série Campeonato Carioca. Nunca houve isso na história do América. Série C no campeonato carioca a mesma coisa que você jogar no terrão, no no aterro. É o fim da linha, o final de um de um time histórico, de um clube histórico. Então você vê e eu não tô eu não tô preocupado nem com Vou torcer para quem? Chelsea ou ou PSG? Vou torcer para que a gente não caia pra Série C. Você entendeu como é que o mundo do torcedor tem essas nuances? Claro, a sua particularidade. Você sabe que ontem o Ricastro eh me mandou um e-mail dizendo o seguinte, né? A gente fica na porque ele tá comentando uma coluna que eu fiz pra Folha, eh, como se perde uma Copa do Mundo. Falando essa coisa do Brasil ser exportador de pé de obra, né? Vender seus jogadores ainda nascendo, né? A ironia do João Pedro, seu cara que fez os dois gols, que eliminou o clube e né? Isso, né? o clube que o revelou e tudo, né? Eh, e ele disse, pensar que o Flamengo em 58, não, o Rui Castro é Flamengo, né? Flamengo não, o Rui Castro é Flamengo, não. O João Pedro era o Rui Castro é Flamengo, foi muito Flamengo. Eh, que o Flamengo em 58, embora 3/4 do ataque do Flamengo estivesse na Copa do Mundo, né? Joel, Moacir, eh, Dida, Zagalo, Isagalo, né? E só faltou o Henrique, né? Henrique Frade, é isso. Eh, o Flamengo fez uma excursão pela Europa sem o seu ataque titular e fez uma excursão vitoriosa pela Europa mesmo assim. Então, essa coisa que me pega. Eu, é claro que eu sei que os tempos mudaram, mas essa coisa de achar que necessariamente um time brasileiro vai jogar contra um europeu e vai perder, aí eu ainda vou ter que passar uns bons 10 anos para me acostumar. Eh, não olha assim. Uhum. Não olho. Houve um tempo que os times brasileiros viajavam pela Europa ganheiro todo mundo pela excursão. O calendário permitia que e e o o pegavam disputavam mini torneios ou então jogos isolados contra tinha o Teresa Herreira, Ramon de Carrança, sei lá o quê, esse torneio de Paris e os times pegavam paradas e e outra coisa, saí do París ia pro outro jogo dois eventos, o Santos excursionava, começava pela América do Sul, jogando contra todos os campeões da Argentina, do Uruguai, do Peru, do Paraguai, ia pra Europa, jogava contra o Rassing. assim, raça em francês, campeão francês, Barcelona, Real Madrid, Milan, não sei o que ia batendo, batendo, chegava que morto. Às vezes sumia mala de dinheiro, né? Caía do avião, a mala do dinheiro também jáou, né? histórias antigas, chegava aqui, tomava de cinco do Guarani no domingo, porque o time tava morto. Aí retomava e ganhava o campeonato. Olha. Eh, ô, Danilo.