
Fluminense e a Crise do Futebol Brasileiro: Análise de Juca Kfouri sobre Gestão e Expectativas
De acordo com o vídeo publicado pelo canal UOL Esporte:
- O Fluminense teve uma atuação fraca na semifinal, preocupando os analistas.
- O clube vendeu João Pedro ao Watford em 2019, e após uma série de vendas, poderia ter arrecadado R$ 165 milhões com os gols dele, em vez dos R$ 65 milhões que recebeu.
- A venda do jogador ilustra a má gestão do futebol brasileiro em comparação ao europeu.
- A discussão sobre a superioridade do futebol europeu é relevante, pois clubes brasileiros têm mostrado alguma competitividade, mas ainda há uma grande disparidade.
- O debate sobre a criação de uma liga de futebol no Brasil continua, sem avanços significativos.
- O Fluminense chegou longe na competição, mas a expectativa em relação ao time gerou frustração após a derrota.
- Os analistas ressaltam que a diferença entre os times brasileiros e europeus é evidente, especialmente na capacidade de domínio em campo.
- Torcedores devem ter cautela ao delegar expectativas irreais sobre as capacidades do time em competições internacionais.
Assista ao vídeo JOÃO PEDRO DECIDIR CONTRA O FLUMINENSE MOSTRA A MISÉRIA DO FUTEBOL BRASILEIRO!, DIZ JUCA KFOURI.
Transcrição do vídeo
podia fazer bem melhor do que fez. Eu achei uma atuação bem fraca do Fluminense nessa semifinal. Eu queria chamar atenção por uma coisa que é a que mais me preocupa. O Fluminense vendeu esse menino João Pedro em 2019 pro Watford, um time da segunda divisão inglesa, cuja cidade quase cabe dentro do Maracanã, tem 102.000 1000 habitantes. Vendeu pro Watford, o Fluminense, com toda sua glória e seu tamanho. Daí o Watford vendeu por R$ 50 milhões deais. O Watford vendeu pro Brighton, Fluminense pegou um troco, depois o Brighton vendeu pro Chelsea, pegou mais um que um troco, pegou mais R 10 milhões de reais. Ou seja, Fluminense levou aí uns 65 milhões pelo João Pedro, deixou de levar hoje pelos dois gols do João Pedro R 165 milhõesa. Isso dá muita medida, não necessariamente da diferença da economia ou do valor do euro ou da libre esterlina comparado com o real. da medida do da da miséria de gestão que nós temos no futebol brasileiro, se comparado com o futebol da Premier League ou com o futebol da Inglaterra, porque não é possível. Eu até brincava, aquela história da mão que a FAGA é a mesma que a pedreja, a mão que dá aí no caso, por uma emergência que o Fluminense precisava vender em 2019. acabou sendo a mesma mão que tirou, né, com dois golaços. Isso é o que mais me angustia e isso é o que eu não vejo ser debatido seriamente. E aí vira essa coisa que é, em última análise assumir a nossa inferioridade. Quer dizer, quando o torcedor, porque claro, o papel do torcedor é diferente do papel do jornalista, é innegável. Não é que o torcedor tem uma reação diferente da do jornalista, nada contra, mas que o jornalista estimule esta reação, que acaba sendo isso. E não apenas estimula, às vezes acaba criando e cria uma falsa realidade. É um coitadismo, né, Juca? Isto porque tanto não é verdade que não dá para ganhar do Chelsea que o Flamengo ganhou. Então não é por aí. Ah, sim. Ganhou o Chelsea na fase de grupo. É diferente da do Chelsea na fase eliminatória. Claro, todos são. Todos são. Eu acho isso um papo furado, J. Ah, eu não acho não. Eu acho que já tive essa essa essa discussão com Mauro segunda-feira. Já me contaram. Eu não vi, mas me contaram. Eh, como é que Não vi, mas me contaram. Isso eu acho, eu acho que a postura, o próprio PSG teve uma postura diferente na fase de grupo para o que tem mostrado agora na fase eliminatória. Mas o que eu quero dizer é o seguinte, eh, não é possível porque até em relação aos títulos mundiais que os nossos clubes ganharam em 2005, 2006 e 2012, ganharam porque futebol é futebol. né? Mas o Chelsea consagrou o Cásio, o Liverpool consagrou o Rogério Ceni. Não que eles precisassem dessa consagração dos dois, né? O o Klemmer jogou uma barbaridade também na partida do Barcelona contra o Inter, um gol, um gol lotérico eh acaba destinindo o esses mundiais e a gente não se dá conta da necessidade de reformular as coisas aqui dentro. Continuamos incapazes de criar a liga do futebol no Brasil. Continuamos, que é um outro tema que eu que gostaria de tratar, até não fiz menção na abertura do programa, sobre o que tá acontecendo na contratação do David Antielot pelo Botafogo. Então, a CBF traz uma comissão técnica, o Botafogo vai lá, contrata o David Ancelote, tira ele, mas ele vai estar na Copa. Isto é uma vársia. É uma vársia. E eu não comemoro isso, não comemoro. Não acho graça nenhuma. Sentei da frente da televisão na ilusão de que pudesse ver o Fluminense ir pra final. E à medida que o jogo foi correndo, eu fui pondo a mão na cabeça, dizendo: “Não era isso que eu queria ver. Não abs”. Ja, você não acha que diante da expectativa inicial acabou sendo melhor? Porque vamos olhar toda essa realidade que você tá falando, eu não tô concordando, eh, era o que tava posto antes do mundial e a gente achava que o a diferença era abissal. A diferença existe, é grande, mas eu acho que teve momentos ali que ela se revelou não tão grande quantra o próprio Fluminense contra o contra a Inter de Milão, o Flamengo contra o Chelsea. Eh, teve momentos ali que você viu os times brasileiros minimamente minimamente não enfrentarem os os esses times europeus. Eu acho que aí para um outro patamar de clubes ali, talvez em que o Chelsea é próximo, mas não chega a ser ele, mas os principais seriam o Bayer, o Real e o e o PSG, eh, aí é mais difícil, mas eu acho que tem teve uma uma mudança, digamos assim, de percepção nesse sentido. Eu acho que é um saldo positivo do Mundial, mas concordo contigo que para diferença menor, para diminuir mais a diferença, precisa de mais coisa. Isso. Mas como o Trajano tem chamado atenção nas participações dele pelo mundo afora. Imagine se nesse mundial de fato tivesse os maiores, os melhores clubes neste momento, os melhores times europeus. Tivesse o Liverpool, tivesse o Arsenal que foi vice-campeão inglês, tivesse o Barcelona, que foi o campeão espanhol, tivesse o Napoli que foi o campeão da Itália, o que seria? Teríamos alguma chance? Porque claro, você dirá: “Não, pera aí, o Fluminense ganhou do vice-campeão europeu”. E a pura verdade. E a pura verdade. Mas eu não quero ser o chato, né? o antipático, o que fica chamando atenção para para com extremo realismo, mas pegou uma de Milão, despedaçada, já sem seu técnico, pela goleada que tomou na final do PSG e pelas duas derrotas na Copa da Itália e no Campeonato Italiano, que disputou até o fim e perdeu. Então, já não era mais aquela Inter de Milão. Eu não tô menusprezando, minimizando a vitória do Fluminense contra Inter. Eu tô apenas querendo olhar para as coisas com um pouco mais de realismo para que uma a gente não se iluda e principalmente para que a gente faça a mudança que há décadas do futebol brasileiro precisa fazer e não faz. Ô Juca, e fica essa coisa de exportar pé de obra e de repente vem o João Pedro num regulamento esdrúchulo, pode jogar nas finais, não é de drúxulo regulamento, Julga, por que que é drúxulo? Ué, porque como é que você permite que alguém seja inscrito dois dias, na Libertadores clubes no brasileiros que são ricos não inscrevem também no meio da Libertadores? Eu acho, eu acho eu acho. Mas qu, quando é pra gente que são os times brasileiros, aí pode. Aí quando, quando é mundial que os outros que são ricos, aí não pode não, não pode. Eu já, eu já a gente comentava antes de começar o programa, teve um campeonato paulista que o São Paulo escreveu Raí só para jogar final, ele foi lá contra o Corinthians e ganhou do Corinthians. Não tá certo. É, era tá na regra. Tá certo. Qual o problema? Eu tô eu queria voltar no jogo de hoje. Eu queria voltar no jogo de hoje. Vamos lá. O que me espantou me espantou, não, não é que me espantou. O que ficou claro evidente nesse jogo de hoje, assim como em relação ao jogo contra o Palmeiras, principalmente o primeiro tempo, é quando você vê a diferença entre os times, a maneira de se impor jogando, não é que o outro time que tá jogando mais, tá sendo melhor, tá massacrando o time brasileiro. Bola cruzada, vem, chuta, o goleiro defende, tão escanteio. Não, é um domínio tranquilo da partida. É um domínio tranquilo da partida. Não é aquela bola que você sente, ó, vamos ficar todo mundo aqui dentro do gol, tipo Botafogo contra o PSG, vamos dizer, você entendeu? Não. O jogo contra o Palmeiras no jogo de hoje mostrou um time muito superior, sem precisar ficar massacrando o adversário, só com domínio. Bola para cá, toca para lá, vai pra ponta, cruza e tal, devolve. Bom, o outro tenta sair jogando, não consegue, toma a bola. Aí, aí é impressionante a diferença. Isso ficou evidente hoje, ficou evidente contra o Palmeiras. E aí que se dá dentro de dentro das quatro linhas, como o outro gosta de falar, a supremacia de um time lá de fora, quando tá mais bem armado, quando tem eh os bilionários que a gente fala contra um time nosso. Porque eu vou volto a repetir, eh até então, nesta semana que o Fluminense foi disputar esse jogo, se esqueceu do bilionário time. o Fluminense podia encarar, não sei o quê. E não se viu isso. Volto a dizer, torcedor do Fluminense, não estou menorprezando a campanha do Fluminense. Foi o o último time brasileiro a chegar, quer dizer, foi o que chegou mais longe. Merece enfrentou Inter de Milão, enfrentou Borúsi Dod, o Lauila. Parabéns. Mas que foi um fiasco hoje foi porque se se colocou em torno dele uma expectativa que não era para ter. Ô, agora isso que você falou, né, Trajano? Tem a ver com o estilo do próprio Chelsea, né? Ele vai, pressiona, faz o gol e aí ele arrefece a marcação dá até campo pro Fluminense, né? Aí que se você citou como e domínio tranquilo, né? Dá um campo pro Fluminense tocar. Aí começa o segundo tempo, o que que ele faz de novo? Vai para cima, pressiona de novo, faz mais um gol. E aí aí aí ele começa a ter espaço porque o Renato tem que começar a soltar o time, atacar o Chelsea. Começou um monte de buraco lá atrás. É, e aí podia ter sido mais a partir dali, né? Eh, justamente eles não metralharam o Fluminense, né? nesse sentido de criar zilhões de chances, que poderia aí ter saído um placar maior. Eu não quero, eu não quero interromper ninguém, mas vou interromper porque eh temos que tocar aqui o programa e o